Quem gosta de café sabe que ele pode se apresentar nas mais diversas formas e receitas: torrado, moído, espresso, coado, latte-macchiato, cappuccino, mocha… São inúmeras combinações, resultados de adaptações e de diferentes culturas pelas quais a bebida passou ao longo dos séculos. Uma história que, naturalmente, também é recheada das mais incríveis curiosidades sobre o café — e é delas que vamos falar no artigo de hoje!
Olimpíadas, nome emprestado e datas comemorativas: as curiosidades sobre o café
Fatos interessantes e até inusitados realmente não faltam sobre essa bebida queridinha dos brasileiros. Olha só:
1 – No Brasil, existe um Dia Nacional do Café
Por aqui, o café só não é mais consumido que a água, dá para imaginar? Além de estar presente em quase todos os lares, o brasileiro também considera que a bebida é a companhia ideal para os mais diversos momentos: para começar o dia, para encarar uma tarde de trabalho, para finalizar o jantar e, claro, para acompanhar reuniões de família e amigos. No Brasil, gostar de café é praticamente uma questão cultural!
Então, diante deste cenário, não é de se surpreender que o país tenha instituído um Dia Nacional do Café. Oficializada pela Associação Brasileira da Indústria do Café (Abic) em 2005, a data é comemorada no dia 24 de maio, período que simboliza o início da colheita na maior parte das regiões cafeeiras do Brasil, que é o maior produtor e o maior exportador de café verde do mundo e também o segundo maior consumidor de café do planeta!
2 – O café nem sempre se chamou… café
Há quem diga que o café chegou no Brasil por acidente e, voltando ainda mais no passado, que foi descoberto por acaso. Mas você já parou para se questionar como o nome da bebida nasceu? Uma das curiosidades sobre o café é que, na língua portuguesa, pesquisas apontam que a palavra surgiu por volta do século 16, em Portugal, quando a popularidade desses grãos ainda engatinhava no mundo. Aparentemente, o nome foi uma adaptação da versão italiana do café, o caffe.
Até aí compreensível, certo? Porém, ao que tudo indica, os italianos também pegaram o nome emprestado dos holandeses, que chamavam a bebida de koffie. Só que antes de chegar na Holanda, o café já era popular na Turquia, onde também se chamava koffiee, antes disso, na Arábia, que batizou o grão de qahwah. Ou seja: com uma nação emprestando a palavra daqui e outra dali, o mundo precisou dar algumas voltas até que o qahwah se transformasse no café nosso de cada dia.
3 – O café já mandou o Brasil para as Olimpíadas
Em 1932, a sombra de uma crise econômica sem precedentes assolava o mundo inteiro. Na época, sem condições de bancar a ida da delegação brasileira para as Olimpíadas de Los Angeles, o governo embarcou seus 82 atletas em um navio, chamado Itaquicê, na companhia de 55 mil sacas de café, dois canhões e mais 270 pessoas — de técnicos e dirigentes a militares e turistas que iam de carona.
Os canhões estavam lá para disfarçar o navio como militar, o que permitiria que a embarcação passasse pelo Canal do Panamá sem pagar as taxas exigidas. O percurso durou um mês e, a cada parada, os atletas brasileiros tinham que se esforçar para vender as sacas de café nos portos em que atracavam. O comércio do produto, como você já deve imaginar, ajudou a cobrir boa parte das despesas e garantiu a participação das equipes nos Jogos Olímpicos daquele ano.
4 – A cultura do café é tão complexa quanto a do vinho
Pela proximidade do Brasil com dois grandes polos mundiais da vinicultura, Uruguai e Chile, os detalhes e processos envolvidos na produção do vinho são de conhecimento comum por aqui. Você provavelmente já sabe que tipos diferentes de uva fazem tipos diferentes de vinhos, que o tempo de maturação da bebida afeta a acidez e o teor alcoólico e diversas outras particularidades desse mercado, não é verdade?
Mas sabia que a produção e a degustação do café podem ser tão complexas quanto as do vinho? Isso porque as diferenças entre o cultivo, a colheita, a torra dos grãos e até mesmo o clima da região em que esses cafés são plantados contribuem para criar os traços únicos que cativam o paladar de tantos consumidores. Este é, inclusive, um dos grandes destaques quando falamos do mercado de cafés gourmet, que trabalha com bebidas especiais e extremamente requintadas e conquista cada vez mais entusiastas ao redor do mundo!
5 – Quanto mais suave a torra, mais cafeína
Sabe quando você se depara com aquele grão de café super torrado e bem escuro? A primeira coisa que vem à cabeça é que dali provavelmente será extraído um café poderoso e com altos níveis de cafeína, correto? Contudo, não é bem assim que funciona — e aqui vai outra curiosidades sobre o café: nesse processo, que transforma os grãos verdes por meio da exposição a temperaturas elevadas, o tempo de torra é responsável por criar diferentes tons e potências de sabor, amenizando ou ressaltando características como aroma, acidez, doçura e amargor, por exemplo.
Aliás, um fator muito interessante é que, quanto maior o tempo de torra, maior a quantidade de óleos essenciais que são eliminados do grão. E são justamente esses óleos os grandes responsáveis por garantir as características únicas de cada café, inclusive o nível de cafeína presente na bebida. Em outras palavras, a torra suave é o método ideal para criar um café mais encorpado e aveludado e, claro, mais poderoso em concentração de cafeína.
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E então, já imaginava que existiam tantas curiosidades sobre o café escondidas no fundinho daquela xícara que sempre te acompanha? Mas fique ligado, pois essa é apenas a ponta do iceberg: aqui no blog, ainda vamos compartilhar outras histórias incríveis e dicas valiosas para quem quer ficar ainda mais por dentro dessa paixão nacional que é o café!
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